1º DE ABRIL

Dia de fazermos brincadeiras. “Passar a conversa” em alguém. Qualquer mentirinha vale. Acho legal. Respeitosamente. Sem causar constrangimento. Uma gozaçãozinha pra distrair cai muito bem. E quem nunca aprontou uma dessa para algum amigo? E quem nunca caiu numa traquinagem de 1º de Abril?

A história do dia da mentira começou com a implantação do calendário gregoriano. Uma discordância entre os adeptos à mudança para o calendário e os conservadores que relutavam a modificação da data do início do ano. Antes da implantação do calendário a data que marcava os festejos do ano novo era dia 25 de março e as festividades duravam uma semana, ou seja, até o dia 1º de Abril.

Aconteceu que os solidários à mudança do calendário, enviavam para os conservadores, na antiga data de início de ano, convites para festas inexistentes ou presentes estranhos. Surgindo assim, as brincadeiras do 1º de abril.

Apenas uma ressalva: que sejam brincadeiras sadias. Que não se exponham pessoas ao ridículo extremo. E que, principalmente, as mentiras se restrinjam a esse exclusivo dia.

Conheço muitas pessoas que vivem o dia da mentira durante o ano todo. Mitomaníacos ambulantes. Não conseguem ficam um só dia sem contar uma mentirinha. O hábito de contar mentiras, mesmo que irrelevantes, pode causar uma desequilíbrio psíquico: a Mitomania. Esse distúrbio pode ser tratado com um psiquiatra, porém conta com a vontade do Pinóquio humano.

Brincadeiras no primeiro de Abril, sim. Mitomania, não.

“Mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira”. (Renato Manfredini Junior)