quinta-feira, 25 de março de 2010

A TELEVISÃO E O PÚBLICO JOVEM

Assisti recentemente ao documentário da Marinha Farinha Produções com o interessante título: CRIANÇA, A ALMA DO NEGÓCIO.

Em épocas de tanta falta de qualidade nas programações das redes de televisão, assistir esse documentário deveria ser obrigatório nos lares brasileiros.

A televisão hoje desempenha um papel devastador nos núcleos familiares. São sucessivos mau-exemplos transmitidos diariamente e repetidamente, com a “nobre” intenção de banalizar tudo.

Uma noite dessas, eu estava numa casa onde as câmeras do Big Brother Brasil (pobre Orwell) transmitiam uma cena deplorável: uma das participantes dançava de forma sensual, quer dizer, pra ser bem sincero, era uma espécie de dança de “acasalamento” porque o sensual possui um certo pudor para não ser vulgar. Em outra oportunidade, outra atriz desse espetáculo circense, fazia movimentos que possuiam uma forte conotação sexual, com direito a “tapinhas na bunda” de um outro brother.

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Ainda bem que no Brasil, todos os pais são responsáveis, amam seus filhos, prezam pelos valores morais e jamais permitiriam que seus filhos e filhas assistissem cenas inadequadas para sua idade. Que utopia. Os jovens e adolescentes são os mais ávidos pelas cenas picantes do programa e, pasmem, a grande maioria dos pais não vê problemas em um adolescente assistir um programa com essas cenas.

Segundo um estudo apresentado no documentário acima citado, bastam 30 segundos na televisão para uma marca influenciar uma criança. Isso mesmo, 30 SEGUNDOS. Fiquei imaginando o tamanho do estrago que acontece na formação moral de crianças e adolescentes que transpiram os Brothers diariamente. Bebedeiras, Fofocas, Falsidades, Erotização… enfim um “consumo” cotidiano de vidas alheias e de péssimos modelos de conduta.

Longe do puritanismo. Não sou santo, e como dizia minha professora Gisela, ainda bem. Mas a questão é que os principais clientes desse conteúdo são adolescentes em formação. Um olhar crítico para o Big Brother pode revelar muitas coisas sobre nossa sociedade. Mas para um adolescente, que está longe de ter uma visão crítica de sociedade, sobram apenas as desvitualizações.

Não me surpreende mais que os números de adolescentes grávidas cresceram muito nesses últimos tempos. Hoje, mais de meio milhão de adolescentes são mães. Isso sem contar no número de aidéticos, que apesar de toda orientação disponível, é crescente.

Não me surpreende mais as reportagens sobre acidentes de carro onde o motorista dirige embriagado.

Não me surpreende mais a valorização das mentiras, onde o PARECER vale mais que o SER.

Não me supreeende mais que um repórter que cobriu a Queda do Muro de Berlim, chame uma turma de obececados por dinheiro de “Heróis”.

Herói é um pai e heroína é uma mãe que, no meio desses bombardeios de degradações humanas, conseguem proteger seus filhos.

É uma pena existirem tão poucos desses heróis.

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Parabéns cordelista Antônio Carlos de Oliveira Barreto. Leia isso...

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